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I. As Raízes da Reforma

a. A frase em latim post tenebras, lux (“após trevas, luz”) resume o mote da Reforma do século 16. Essas “trevas” referem-se ao entendimento do cristianismo bíblico pela igreja, que se desenvolveu gradualmente durante a idade das trevas ao longo da era Medieval até o tempo da Reforma.

b. A teologia do sacerdotalismo dominava a igreja. O sacerdotalismo propõe que a salvação ocorre principalmente por meio das ministrações da igreja, através do sacerdórcio, e particularmente através da administração dos sacramentos.

c. Os Reformadores responderam a esse sistema da maneira mais enfática no século 16. Todavia, eles não viram sua reação como revolucionária, mas como uma obra de reforma, chamando a igreja de volta às formas e teologia original da igreja apostólica.

II. As Raízes de Martinho Lutero 

a. Lutero nasceu em 1483, na cidade de Eisleben (Alemanha), sendo seus pais antigos camponeses: Hans e Magarethe. A natureza industriosa de Hans levou a família da pobreza à riqueza, e ele desejou que seu filho, Martinho, se tornar-se um advogado proeminente e rico.

b. Desde sua juventude, Lutero demonstrou uma aptidão por aprendizado, e recebeu o grau de Mestre em Artes na Universidade de Erfurt e entrou no programa de Direito na mesma universidade. Sua educação clássica (na qual aprendeu Latim) bem como seus estudos legais o assistiriam poderosamente pelo restante de sua vida.

c. Em julho de 1505, um raio quase atingiu Lutero quando ele voltava da universidade para casa. Ele gritou: “Salve-me, Santa Ana; e eu me tornaria um monge”. Interpretando essa crise como um sinal de Deus e desejando honrar o seu voto, Lutero encontrou no monastério agostiniano local, que era muito rigoroso, para extremo desgosto do seu pai.

d. Lutero comprometeu-se completamente aos seus deveres monásticos, procurando ganhar acesso ao céu sendo um monge correto e rígido. Todavia, a despeito do exercício perpétuo de disciplinas espirituais, Lutero não podia apaziguar a culpa que experimentava constantemente. Sua mente legal aplicava os mandamentos de Deus meticulosamente a si mesmo, e ele alegava pelo perdão real e duradouro para o seu pecado sempre presente. O monastério não poderia oferecer nada para aliviar a sua consciência.

Escrito por: R. C. Sproul                                                        

 

Posted by chico on set 1, 2013 in NigériaNotíciasProjeto Oásis no Deserto,SenegalSlide | 0 comentários

O CAMINHO DA GRAÇA NA ÁFRICA: Quanto vale seu filho?

O CAMINHO DA GRAÇA NA ÁFRICA: Quanto vale seu filho?

  • São Paulo – Dubai – Lagos
  • Lagos – Serra Leoa – Gâmbia – Dakar
  • Lagos/Dakar – Dubai – São Paulo

Que translado maluco é esse que a agência aérea nos propôs?

Essa era a rota mais barata. E nos submetemos a esse roteiro exaustivo porque cada centavo é precioso nessa Missão. Quanto vale uma criança? Quanto vale seu filho? Quanto custava sua alminha de criança nos bons tempos de sua infância?

A Expedição Oásis no Deserto saiu do Brasil no dia 17 de Julho com a seguinte MISSÃO:

 

Na Nigéria: dar continuidade a ampla reforma do espaço que abriga 60 crianças que, antes da intervenção do Way to the Nations (Caminho Nações), não passava de um cativeiro infantil, para manter aprisionadas “bruxinhos” e órfãos. O Leonardo tinha construído a fossa e o Jojó de Olivença, os banheiros, ventiladores, e biblioteca; e aí embarcaram eu, Chico, Juan, Felipe e Thiago, acompanhados da Tatyana Jorge, jornalista da afiliada santista da TV Globo, que foi para ver se cria, e voltou para contar o que viu e nunca mais vai esquecer! Na Nigéria, a equipe trocou os farrapos por colchões, construiu a brinquedoteca, levantou uma cozinha e um refeitório onde não havia NADA e presenteou a todos com os brinquedos, sapatos, roupas e bonecas de pano enviados conosco por centenas de brasileiros que no coração adotaram os pequeninos. O dinheiro acabou antes de se acabar a cozinha, e tantas coisas ficaram ainda pendentes. Mas transformar cativeiro em canteiro em tão pouco tempo foi razão de muita gratidão a Deus! Cantamos juntos, dançamos, brincamos, rimos, e amamos muito, andando naquele chão com o coração vazando do peito! Ir embora ativou a memória do abandono já sofrido em todos eles e a pior cena gravada na minha mente em solo nigeriano foi o choro desesperador de cada filhotinho…

No Senegal: inauguramos o orfanato do Chemin des Nations (Caminho Nações). Inaugurar não significa para nós a cerimônia oficial na qual discursei dizendo que somos legado africano da vocação social do Rev. Caio Fábio e ouvi a benção do líder muçulmano local, e os aplausos do comandante da polícia e dos representantes da mídia e dos órgãos públicos presente. Não. Inaugurar não é isso não! Inaugurar é finalmente poder botar pra dentro de casa meninos de 8 aninhos que dormem sozinhos na praça! Inaugurar é tomar uma criança de 5 anos que quando escurecia só a noite o cobria e, tendo recebido a tutela oficial deles, cobri-los a noite na cama com um beijo na testa! Inaugurar foi iniciar atividades integrais com os meninos que já andavam conosco há um ano! Compramos bolas e cesta de basquete, mesa de pebolim, jogos lúdicos, coletivos, coloridos, e fizemos a maior festa! De ruim lá em Dakar foi só ouvir chorar os que ficaram de fora, os que não puderam entrar! E porque não puderam ser recolhidas? Porque não temos espaço na casa para mais de 30 crianças, e Dakar tem milhares de meninos-escravos pela rua, esmolando para seus donos. A notícia da nossa presença se espalhou. Criança avisou criança! E nada foi pior do que deixar tantas de fora. Inauguramos um lugar do qual já temos que mudar… Porque não nos fez bem ficar selecionando as mais vulneráveis dentre tantas vulneráveis, os mais fraquinhos entre tantos fraquinhos, separando pequenino de pequenino. E nós nos sentimos feito Schindler fazendo sua Lista:

Quanto vale uma criança? Quanto vale seu filho? Quanto custava sua alminha de criança nos bons tempos de sua infância?

Voltamos. Mas quem disse?

 

Sertão do Alto Pajeú (PE),

 

 

 

Por uma reforma na Igreja Brasileira

 

ReformaAgora

Apresentação do livro “Reforma Agora” de Renato Vargens por Franklin Ferreira.

Assim como foi necessária uma Reforma contra os abusos da igreja católica romana no século XVI, a igreja hoje clama por uma reforma contra as distorções dos ensinamentos do verdadeiro evangelho.

 Este livro de Renato Vargens não é apenas uma denúncia do estado em que segmentos da igreja evangélica brasileira se encontra. A história desta lembra a descrição oferecida pelo mártir cristão Dietrich Bonhoeffer, ao falar do estado da religião que ele encontrou nos Estados Unidos em meados de 1930:Protestantismus ohne Reformation, “protestantismo sem reforma”.

Tristemente, vocábulos importantes da fé cristã, como pecado, arrependimento, juízo, justiça, cruz, e até mesmo Cristo e ressurreição vão desaparecendo do discurso de parte dos evangélicos brasileiros.

Em algumas faculdades teológicas e mesmo denominações há aqueles, associados ao liberalismo teológico, que substituíram a confiança na revelação pela suposição de que se pode encontrar a verdade por meio da racionalidade, como se, do começo ao fim, Deus não viesse a nós, em revelação. Entre os novos movimentos religiosos neopentecostais há aqueles que supõem poder controlar pelo uso de palavras mágicas o Deus vivo, o Senhor dos exércitos, o todo-poderoso Pai, Filho, Espírito Santo. Melancolicamente, estas palavras, definidoras do cristianismo, foram esvaziadas e substituídas por todos aqueles associados a estes grupos.

Todos estes abandonaram o Evangelho, correndo atrás de outro tipo de anúncio (Gl 1.6-9), mera perversão ou caricatura, mas não a boa nova da salvação de que, por meio da morte e ressurreição de Cristo, pecadores podem ser justificados pela fé somente.

O que essa obra oferece é um chamado ao fundamento da fé cristã, como encontrado nos famosos lemas que resumem o cerne da mensagem bíblica e evangélica: Deus fala a todos somente na Escritura (sola Scriptura); somos salvos somente pela graça imerecida (sola gratia), que vem aos pecadores somente por meio da morte de Cristo (solus Christus); e este é recebido pela fé somente (sola fide); para que em tudo somente Deus receba o louvor e a glória (soli Deo gloria).

Precisamos receber e nos agarrar esta mensagem bíblica e evangélica com toda a seriedade. E sobre isso faríamos bem em ouvir com temor o reformador Martinho Lutero. Em 1522, ele preparou uma série de sermões de Natal para sua congregação, e num deles afirmou:

O guarda de um bordel público é menos pecador que o pregador que não entrega o verdadeiro Evangelho, e o bordel não é tão ruim assim como a igreja do falso pregador. (…) Isto os surpreende? Lembrem-se de que a doutrina do falso pregador não causa nada mais que dia-a-dia desviar e violar almas recém-nascidas no batismo — cristãos jovens, almas tenras, noivas virgens, puras e consagradas a Cristo. Considerando que o mal é feito espiritualmente e não fisicamente como num bordel, ninguém o observa: mas Deus está incomensuravelmente descontente.

Que Deus use esta nova obra de meu querido irmão Renato Vargens para quebrantamento, renovação e retorno a Deus, que é rico em misericórdia, não apenas para renovar nossa alegria nele, mas também para nos conceder novo alento e renovada paixão para pregar a Escritura Sagrada, “o berço pelo qual o Cristo vem a nós” (Lutero).

Franklin Ferreira

Diretor do Seminário Martin Bucer

 

Por que muitos evangélicos não conhecem as doutrinas básicas do Cristianismo?

POSTED BY VALMIR N. M. SANTOS ON SÁBADO, AGOSTO 24, 2013 WITH 5 COMMENTS
 
1_cristianismoValmir Nascimento Milomem Santos
[Artigo publicado originalmente no Jornal Mensageiro da Paz - julho de 2013]
Recentemente o Instituto LifeWay Research [1] divulgou o resultado de uma pesquisa que apontou que boa parte dos evangélicos não conhecem as doutrinas básicas da Igreja. O levantamento concluiu que temas como a salvação, a Bíblia e a natureza de Deus podem confundir os fiéis. De acordo com a publicação, quando perguntados ”Quando você morrer irá para o céu, pois confessou seus pecados e aceitou Jesus Cristo como seu Salvador?”, 19% disseram que não tem certeza. Cerca de 26% dos entrevistados (todos membros batizados de suas igrejas) acreditam que “se uma pessoa está sinceramente buscando a Deus, poderá obter a vida eterna através de outras religiões além do cristianismo”.
O resultado dessa triste pesquisa poderia ser uma exceção; mas não é. Outros estudos comprovam a falta de conhecimento bíblico de uma parcela considerável de cristãos, prova disso é que no final de 2011 o Instituto de Pesquisas Barna apontou, como uma das seis principais tendências do Cristianismo na América, que a igreja está se tornando menos alfabetizada teologicamente. O que costumavam ser verdades básicas e universalmente conhecidas sobre o Cristianismo, são agora mistérios desconhecidos para uma grande e crescente parte de crentes.
 
Outro levantamento do mesmo instituto também indicou que 70% dos norte-americanos não são capazes de citar cinco dos dez Mandamentos e 50% dos jovens do último ano do ensino médio pensam que Sodoma e Gomorra eram casados. Mas não para por aí. Pesquisa realizada com os “americanos nascidos de novo” conclui o seguinte: 31% acreditam que se uma pessoa é suficientemente boa pode ganhar um lugar no céu; aproximadamente a metade (47%) pensa que Satanás “não é um ser real senão um símbolo do mal”; 24% pensam que quando Jesus viveu na Terra ele pecou, tal como as demais pessoas; aproximadamente um em cada quatro pessoas (26%) dos cristãos creem que não importa a fé que pessoa siga, porque todas ensinam o mesmo.
Embora boa parte dessas investigações tenha sido realizada nos Estados Unidos, elas servem de alerta para a igreja evangélica brasileira. Não estamos falando de conhecimento teológico avançado, mas de doutrinas elementares e de um discernimento bíblico basilar da vida cristã.
A falta de conhecimento das Escrituras Sagradas é um problema grave e pode resultar em consequências trágicas para o cristão e para a igreja. O Senhor Jesus foi enfático ao dizer “Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus (Mt 22:29), e em outra oportunidade ele advertiu: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam” (Jo 5.39).
Talvez, um dos principais motivos do analfabetismo bíblico entre os cristãos seja a falta de conhecimento doutrinário do próprio pastor. Lembro-me que uma pesquisa [2] realizada pelo editor e jornalista da Abba Press & Sociedade Bíblica Ibero-Americana, Oswaldo Paião, revelou que mais de 50% dos pastores e líderes nunca leram a Bíblia Sagrada por inteira pelo menos uma vez na vida. A principal justificativa apresentada para tamanha omissão era a falta de tempo.
Ao comentar o resultado do estudo, Paião afirma que “a falta de uma disciplina pessoal para determinar uma leitura sistemática, reflexiva e contínua das escrituras sagradas e pressão por parte do povo, que hoje em dia cobra por respostas rápidas, positivas e soluções instantâneas para problemas urgentes, sobretudo os ligados a finanças, saúde e vida sentimental”, seriam alguns fatores ensejadores deste cenário.
Ele ainda destaca que hoje em dia a maioria dos pastores corre o dia todo para resolver os problemas práticos e urgentes dos membros de suas igrejas e os pessoais. Outros precisam complementar a renda familiar e acabam tendo outra atividade, fora a agenda lotada de compromisso, por isso os ministros da atualidade, em geral, segundo Paião, são mais temáticos, superficiais, carregam na retórica, usam (conscientemente ou não) elementos da neurolinguística, motivação coletiva, força do pensamento positivo e outras muletas didáticas e psicológicas.
Evidentemente que a situação não pode ser generalizada. Deus sempre mantém o seu remanescente fiel. Entretanto, as palavras de Paião colocam em evidência uma realidade assombrosa e ao mesmo tempo ignorada por muitos obreiros. Como teremos cristãos conhecedores das doutrinas fundamentais da fé cristã se boa parte dos líderes não possui o conhecimento suficiente para instruir, edificar e fornecer alimento sólido para suas ovelhas?
Ovelhas que são criadas sem os nutrientes necessários para a jornada cristã são inconstantes e presas fáceis para caírem no engodo de qualquer vento de doutrina (Ef 4.14). Essa situação é agravada ainda mais quando dos púlpitos provém somente mensagens de autoajuda com forte apelo emocional, sem qualquer palavra de ensinamento para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda a boa obra (2 Tm 3.17).
Entretanto, apesar do encargo do obreiro (Hb 13.17), o cristão também é o responsável pelo seu próprio alicerce espiritual. Estar preparados para responder sobre a razão da nossa esperança (1Pe 3.15) e ser mestres pelo tempo (Hb 5.12) é uma obrigação de todo o crente. Isso porque, as verdades bíblicas não estão disponíveis somente aos obreiros, mas a toda e qualquer pessoa, principalmente porque o acesso direto ao conhecimento das Escrituras sem qualquer intermediário é um dos pontos fundamentais da igreja cristã a partir da reforma protestante.
Isso no leva a concluir que cada pessoa deve ser consciente e responsável pelo cumprimento do seu papel. O obreiro deve valorizar e efetivamente cumprir o seu chamado, oferendo alimento saudável e fortalecido para as suas ovelhas, sem a desculpa de não possuir o ministério do ensino, afinal, todo obreiro tem o dever de apresentar-se a Deus aprovado, que não tem do que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade (2 Tm 2.15).

 

 

 

mm10Ao sopé de uma enorme montanha numa vila remota em Kabylie, no Norte da Algéria, um garotinho chamado José cresceu. Todo dia na escola ele aprendia sobre o Islã e estudava o Alcorão em Árabe. Mesmo depois que seu pai confiara em Jesus, José não ouvia falar muito sobre o Senhor. Seu pai tinha que trabalhar muito e não tinha muito tempo para contar a José histórias da Bíblia. Os pensamentos de José estavam bem confusos: Na escola, eles ensinavam o Islã, mas em casa, seu pai lhe falava a respeito do Deus da Bíblia, e então José estava com dificuldade para saber quais desses dois caminhos era o correto e o levaria em direção ao Deus vivo!

A oportunidade bate à porta

Certo verão, uma igreja próxima – a cerca de 50km dali – organizou um acampamento para crianças. José desejava muito ir, mas este acampamento era apenas para as crianças da igreja e José não pertencia àquela igreja. Foi-lhe dito que ele não poderia ir. Mas no dia anterior ao acampamento, um dos obreiros do acampamento se sentiu tocado para dar-lhe uma vaga! José ficou muito empolgado! José gostou muito de seus dias no acampamento, mas no fundo de seu coração, ele ainda era incomodado pela pergunta: qual destes caminhos é o certo? No último dia do acampamento, o trabalhador que convidou José começou a conversar com ele. Finalmente, José teve a oportunidade de esclarecer suas dúvidas e compartilhar seu grande interesse em saber a verdade.

Através de sua caminhada, José aprendeu sobre o amor de Deus e a mensagem de Jesus, chamando-nos para nos arrepender de nossos pecados e segui-Lo. Quando fora perguntado se ele gostaria de acreditar em Jesus como seu Salvador, José respondeu “sim” e ele orou junto com o obreiro, enfim em paz com sua dúvida.

 

ORE:

  • Ore pelas crianças em Kabylie e da Algéria. Que todos eles tenham uma oportunidade para ouvir sobre Jesus (Lucas 18:16).

● Ore pelas crianças que acreditam no Senhor Jesus Cristo. Que sua fé cresça e que eles tenham a coragem de contar a outros sobre Ele (Marcos 9:36-37).

● Ore que Deus proteja os cristãos na Algéria que são perseguidos (Mateus 5:1)

 

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